27 de junho de 2011

A Esfregona

Um nome bonito como este - Esfregona - para um utensílio de limpar, tinha de ser dado por um homem... ...Enrique Falcón.
Apesar de ter sido ele quem definiu o nome que utilizamos actualmente nao foi quem as inventou, senao antes o seu compatriota: Manuel Jalón.

Isto acontece muitas vezes... alguém inventa e baptiza algo... e vem outro depois, com mais propósito ou em melhor circunstancia e... vence o marketing.

Mas isto é pouco importante para agora... escrevo sobre a esfregona porque fiquei muito surpreendido quando me foi feito saber que este utensílio para lavar o chao é algo de "exótico", e caro também em muitos países do mundo!

Porquê?

Porque parece, como podem já adivinhar pelo nome do seu patenteador, que é uma invençao Espanhola. E noutros países da Europa - para nao ir mais longe - onde sempre se usou um pano molhado enrolado à vassoura para limpar o chao, estes itens (vamos chamar-lhe assim porque afinal a Esfregona até tem o seu prestígio) sao tidos como algo próximo do luxo, um apresto incomum.

Já se vendem por todas as partes, como eu próprio o constatei. Mas a verdade é que aquela esfregona simples e barata que vemos em Portugal nao ocupa muito as estantes de supermercados estrangeiros, ve-se antes esfregonas mais aprimoradas, coloridas e com as tiras super absorventes. Como se realmente só pudesse ser algo premium!

Nao acredito que nao estejam massificadas, nao sei, parecem-me tao banais e habituais... mas parece que o mercado internacional das esfregonas está para quem acha que pode comprar esses luxos, quase como quem nao tem preocupaçoes em comprar o iogurte cremoso de frutas, ao par de que outros compram os naturais, ou apenas aromatizados de marca branca, estes devem continuar a usar o pano enrolado na vassoura...

Esta percepçao foi-me transmitida há pouco tempo e ainda a estou a comprovar, mas parece que sim... que somos um dos países que consome estes produtos de luxo!!!

Por isso já sabem... da próxima vez que pegarem numa esfregona pensem que estao a limpar, é verdade, mas ao menos estao a limpar com classe!

26 de junho de 2011

Perspectivas 3

Eu na conversa com uma Médica:

M - Hoje tive uma paciente com X... pedi uns exames e o prognóstico nao é nada favoravel. Estamos a tentar negociar com ela o tratamento, mas nao está nada fácil... ainda por cima é reincidente...


Eu na conversa com uma Enfermeira:

E - Somos nós que acompanhamos mais os doentes. Nao sao os médicos! Nós é que estamos lá, que os ouvimos, que estamos mais tempo deles. O médico só vai lá, lê a ficha, está lá 2 minutos com e vai-se embora. O nosso trabalho nao é reconhecido como devia!!!


Eu na conversa com uma Auxiliar de Acçao Médica:

AAM - Os Enfermeiros??? Pfff! Eles querem é pôr os doentes a dormir com comprimidos para nao os chatearem muito. Somos nós que estamos com eles, que lhes damos de comer, que os ouvimos, que os limpamos. Os enfermeiros estao lá na sala deles e fazem tudo para nao sair de lá!!!

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Eu na conversa com um "Chefe":

C - Estamos com muito trabalho, temos de ser mais eficientes, nao podemos demorar tanto tempo a terminar cada trabalho, é importante diminuir o tempo de entrega e facturar o trabalho, senao as nossas contas nao suportam todos os recursos humanos. Temos niveis de sustentabilidade que temos de assegurar!


Eu na conversa com um "Empregado":

E - Os da direcçao nao percebem nada disto! Querem sempre que trabalhemos mais, deviam era vir eles fazer isto, para verem o que é bom!


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Lembram-se da alegoria que escrevi aqui do de Bono sobre a casa de campo onde cada pessoa via o seu lado e tentava convencer os outros de que o que via era o correcto?
Uma questao engraçada nesta alegoria é que todas as partes estao certas... todas estao a descrever correctamente a casa, ou seja, realmente até estao certas em defender o seu ponto de vista!
A questao prende-se com o plano maior, se entendessemos o plano completo, o ponto de vista de todas as outras vistas, teriamos uma percepçao muito mais interessante daquilo que é a casa, ou o paciente, ou a organizaçao.

Penso - percepçao pessoal - que tendemos a instigar contra os nossos superiores, com razao ou nao. Eles nunca sao bons o suficiente, nunca fazem o que devem fazer e nunca percebem como as coisas realmente funcionam.
Tendo estas pessoas normalmente mais informaçao sobre todo o sistema (caracteristica inerente, mas nao constante, destas posiçoes), acho que esta percepçao é, normalmente, errada.

Existem boas e más pessoas, bons e maus "chefes" em todo o lado, é desnecessário constata-lo.

Mas em caso de dúvida, eu confio no "chefe".

Ou confio pelo menos naquele que tem uma percepçao maior do problema, ainda que nao tenha da soluçao.

E para terminar este post vou fazer um copy paste do final do Perspectivas 1:

"Acho importante sairmos da nossa bolha e conhecer a de outros para que mais tarde voltemos à nossa e a possamos fazer crescer."

22 de junho de 2011

Provérbios 12

I - A fecha a porta!!! - A já ia no fundo do corredor e deixava a porta aberta.
E - O A é sempre a mesma coisa, nós algumas vezes esquecemo-nos, mas ele nunca a fecha, assim nunca conseguimos ter a sala fria o suficiente!!
I - É verdade...
E (em desabafo) -


Nao peças peras ao olmo

Este provérbio é Espanhol, nunca o ouvi em Português, nao sei se o temos assim, mas achei muito curioso...

20 de junho de 2011

Marx VS Smith

(hoje é o dia)

- By the end of the day - dizia - there are two different schools: the ones who believe in Karl Marx and that assume that people are naturally good and the ones who believe in Adam Smith and believe that people are, in their deep selfish interior, bad. I am on the second group... people are mean... there is no escape from that... people will be good to you as long as you serve them... but when the time comes, and their needs arise, don't think that they will not dispense you. I am sorry, but that is the reallity, that is the real world!

Estavamos há mesa eu, a Bávara, o meio Alemao, o Príncipe Persa e a família Peruana, a conversa ia longa e alongou-se mais depois disto, deixo-vos apenas este excerto; quem falava acima era o pai.
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Existem pessoas que ouvimos falar, cuja opiniao até respeitamos, mas que nao damos muito crédito, nao atribuímos valor cultural se assim quisermos chamar a esta pessoa... ainda mais que a sua opiniao estiver contra tudo aquilo em que acreditamos e defendemos!

Mas quando nos fala uma pessoa que: teve uma educaçao num dos mais prestigiados colégios do Peru, estudou na Alemanha e em Inglaterra, foi convidado para ser Ministro da Economia do Peru com a idade de 26 anos, se tivesse aceitado teria sido o ministro mais novo de sempre no Peru -

"It was a hard choice to make... between continuing my studies or accept a place that was very risky in that age and in my carrer... ...anyway it was the best choice in my life... 4 months after the government take position a coup d'état happen and it fall completly" -


...viveu... quero dizer, viver realmente pelo menos alguns meses, em mais de 20 países - que me tenha apercebido fala pelo menos 4 línguas, uma delas o Português -, foi - imagine-se - um dos Head of the Office quando se fundou o BPN em Portugal:

"And yes I know what happen now with BPN, it made me quite sad of course... that was a scandal and a complitly wrong way of doing management... but I can ensure you that when it started was really good!" - e ria-se!

... teve um banco seu... um banco que estava a dar os primeiros passos antes da crise começar e na verdade a coisa parece que nao correu muito bem. E neste momento voltou para o Perú porque está a começar uma empresa de nanobiodiesel! Parece que ele e o irmao - químico -, com um investimento que nos é difícil imaginar, estao na fase final da selecçao de uma bactéria que produz etanol às toneladas, e que ainda liberta O2 para a atmosfera.

Bem... quando um pessoa destas nos fala, e nós temos a ousadia de sequer pensar de forma distinta... temos duas opçoes... ou nos calamos bem caladinhos e aprendemos, ou munimo-nos de todos os argumentos (sim, ainda nao tinha lido o Six Thinking Hats) que temos e com um meio de coragem, ingenuidade e incerteza partimos para o debate:

- Eu discordo! Eu acho que as pessoas sao naturalmente boas. Acho que é como Platao dizia (apesar de nao gostar muito dele, nao critico tudo o que disse, estou de acordo com algumas coisas): só faz o mal quem nao conhece o bem! Penso que existem pessoas que pelas suas atitudes sao tidas como más, e na verdade estao a sê-lo, mas acredito que o sao porque nao conhecem outra forma de ser.

- Essas pessoas sao más porque é isso que lhes dá prazer em ser, se fossem outra coisa só o seriam porque isso também lhes era bom. As pessoas só pensam em satisfazer-se, mesmo os altruistas pensam apenas em si!

- Nao penso assim! Por exemplo... eu fiz voluntariado durante muito tempo, e fi-lo pelas outras pessoas, nao por mim, fi-lo porque elas precisavam da minha ajudar. Isto nao é ser-se, pelos parâmetros actuais, uma boa pessoa? Pelo menos neste caso!

- Porque é que fizeste voluntariado outra vez? Explica-me!

- Porque acho que é o correcto, acho que devemos ajudar os outros, ser abnegados!

- Entao para ti isso é uma coisa boa... fizeste-o porque te satisfez, porque satisfizeste o teu ego em poderes assumir-te como alguém que ajuda os outros, porque isso é bom. Fizeste-o por ti, nao pelos outros! As pessoas nao procuram nada mais que satisfazer as suas necessidades individuais... e se a suas vontades forem contra as de outros, elas vao tentar que a sua prevaleça. O mundo é assim!

A conversa continuou com argumentos de ambas as partes, a mulher, doutorada em psicologia, estava do meu lado, mas nao falava muito, portanto era mesmo um debate a dois.
Os seus argumentos tinham peso, as minhas crenças também... ou ao contrário!

Esta questao continua a intrigar-me - ao ponto vejam só, de ter feito um blog com o ínicio do tema!!!! mas se o fiz foi também porque sao exactamente algumas destas questoes que queria partilhar, debater, e esta fica representativa de todas as outras - seremos nós, serei eu, apenas um ser egoista, que por sorte até tem bons valores (eu acredito que tenho) e entao só faz o bem porque assim se sente bem... nao pelos os outros, mas por si mesmo! Será esta filantropia apenas um pretexto, uma espécie de cobertura, que uso- entre outras - para alimentar a minha necessidade de me sentir bem?!
Se sim, qual é o mérito em se-lo? Ou por outro lado, se sim, será isso mau na sua génese? Uma vez que apesar da causa ser menos nobre o efeito é positivo para quem o sente!

Nao encontro respostas definitivas para estas questoes. Fazem-me lembrar as essenciais há uns 10 anos atras (10 anos???? catano... sim, 10 anos!).
A única "consolaçao" nestas dúvidas é procurar outras respostas:
Tenho alguns princípios na minha vida... temas sobre os quais eu nao me posso falhar, máximas, também sao chamadas. E de entre todas, que sao várias e definidas, duas estao no topo da lista, e uma delas é:

"Sê fiel a ti mesmo!"

Simples e um bocado kisch, mas que me ajuda a tomar rumo em algumas decisoes que tive de ir tomando ao longo dos tempos. E assim seguirei... com uma máxima que pela sua natureza acaba por suportar a teoria egocêntrica do meu opositor - a segunda já nao suportaria, mas nao se aplica tanto aqui -, mas que me determina que devo continuar a ajudar os outros - e a fazer tudo o que sempre fiz além disso, nao faço da minha vida ajudar os outros atençao, nao sou assim tao altruista -, porque o efeito que causo é bom para eles, e sim, para mim também, e se isso é mau, egoista, ou o que seja, entao continuarei a ser culpado.
Realmente, a nossa natureza é difícil de definir - a nossa essência por assim dizer - mas se for possível, acho que só vai ser se determinada pelo que somos para os outros.

15 de junho de 2011

Curiosidades

M - Sabes porque se bate a continência com a mao assim estendida na testa?
I - Nao, por acaso nao sei!
M - Antigamente, os cavaleiros faziam esse gesto para levantar a viseira da armadura, para se olharem nos olhos antes do combate, era como que um sinal de respeito.
I - Sério? Muito interessante... faz sentido sim senhor!

14 de junho de 2011

Isfahan ou metade do mundo!

O título podia ser "Provébios 11", e entre aspas o que está no título.

Isfahan é uma cidade no centro do Irao, e no tempo do império Persa chegou a ser uma das maiores do mundo e é também a antiga a capital deste país.

Por ser uma cidade que guarda muito ainda da sua história secular, por ter sido uma cidade influenciada por tantas culturas, visitada por tantos povos... Isfahan e as suas igrejas diversas em arquitectura e crenças, jardins, palácios e pontes milenares é chamada pelos seus autóctones como "metade do mundo".

Já sabem... se quiserem ver metade do mundo com uma viagem apenas... viajem até Isfahan!

O que video que deixo é um pouco repetitivo nas imagens, mas a música leva-me realmente àqueles sítios... lembro-me de ouvi-la com o Príncipe e em como ele ficava melancólico e com saudades - sentimento afinal tao generalizado ao qual só nós demos nome -, e em como me descrevia as ruas, as pessoas, a cultura... repito sem me cansar... o mundo é tao extraordinário para que se passe sem o conhecer...!

7 de junho de 2011

Bilbao

Como sabem há uns tempos tive de passar dois dias em Bilbao para ver alguns pacientes.

Fiquei muito surpreendido! Nao esperava que Bilbao fosse uma cidade tao bonita.

Com um ponto de vista imaginativo quase me fez lembrar Lisboa!

O rio que, neste caso, atravessa a cidade, divide-a em classes antigas, a classe operária e a alta sociedade. Hoje esta divisao nao se nota nas classes mas ainda é visível pelo tipo de contruçoes que existem de cada lado.

O tour pode começar precisamente pela travessia deste rio.
A Ponte Viscaya, com este nome pelo rio que atravessa mas também chamada Ponte de Palacio pelo arquitecto que a desenhou, é uma ponte suspensa que há cerca de 5 anos atrás foi considerada Património da Humanidade pela UNESCO.
Nao tive oportunidade de a atravessar mas a verdade é que nunca tinha visto nada assim semelhante. É interessante e representa um importante marco na revoluçao industrial, daí também a atribuiçao da distinçao. Talvez para a próxima, se o tempo e a necessidade o quiserem.



Continuando pelo rio, depois de muito andar passamos por outra ponte interessante, enviesada, para peoes e que nos deixa uma cerca curiosidade do propósito de estar ali assim, mais à frente estao as outras duas estrelas da cidade: o Guggenheim e o Puppy.
Acerquei-me do Guggenheim junto ao rio e fiquei sem saber para onde ir! É tao retorcido, confuso e irrequieto até que nos deixa desorientados. Depois de hesitar decidi subir umas escadas enormes para ir para um plano mais alto e afastado do rio e entao aí estava, "no andar de cima", a entrada principal o museu. Também nao tive tempo para entrar, ou melhor, até tinha algum, mas fiquei antes a apreciar o Sol e a admirar a cadência dos jactos de água da fonte junto ao rio, nao havia música (pelo menos eu nao a ouvia àquela distância) mas os jactos de agua sincronizavam-se de acordo com um qualquer ritmo que eles entendiam.



E mesmo em frente da entrada está o Puppy!
Nao fazia ideia da existência de tal obra de arte em Bilbao ou em qualquer outra parte.
Puppy é um cao gigante coberto de flores! Era suposto ter sido colocado alí como um exposiçao temporária mas os Bilbainos fizeram uma pressao enorme para que o Puppy ficasse na cidade e entao, depois viajar pelo mundo em várias exposiçoes, encontrou a sua casa definitiva em Bilbao.
A flores sao regadas internamente e mudadas a cada 3 meses, em cada estaçao.



Supreenderam-me também as fontes em Bilbao! Pode parecer um pormenor sem importância mas lembro-me de ficar surpreendido com a luz com que brilhavam as fontes... eram verdadeiramente brancas! E com o dia de Sol que fazia, apesar de modestas muitas delas, tinham um brilho impressionante.



E para terminar achei muita graça também aO Sereio no pontao de uma das praias...
Quando a maré enche, só se vê o tronco masculino do homem e imagina-se como será o resto da imagem... quando baixa vê-se que é um sereio!






Bem, eu recomendo verdadeiramente uma visita a Bilbao, achei uma cidade muito bonita, calma, luminosa (é verdade que tive sorte no dia... porque o País Basco nao é conhecido pelo seu bom tempo nao), amplia, moderna e cultural. E como se tudo nao bastasse, come-se mesmo muito bem!

2 de junho de 2011

Kuka nukkuu?

Explicaçao da professora de Finlandes sobre o sistema de ensino na Finlândia:

"Aqui na Finlândia o ensino é gratuito, sim! No secundário é tudo gratuito, o ensino, os livros e uma refeiçao. A história da refeiçao por acaso é engraçada: antigamente quando ainda se vivia sobretudo daquilo que se plantava e pastava, a Igreja, para incentivar a literacia das crianças, convencia os pais a deixa-las ir à escola prometendo que pelo menos a uma refeiçao quente teriam direito.
Eu sei que em alguns países da Europa o Estado ajuda as crianças pobres. as crianças pobres!
Mas isso é uma descriminaçao! Entao e as ricas? Porque nao sao ajudadas também? Se o Estado ajuda umas tem de ajudar as outras. Nunca ninguém me perguntou quando ganhavam os meus pais antes de me dar qualquer ajuda - disse-lo como quem diz "era o que mais faltava". Porque quer dizer... uma pessoa pode ter dinheiro porque trabalha muito, e outra pessoa pode ser pobre porque nao quer trabalhar. Isto pode acontecer, nao é nem anormal, por isso nao concordo nada que se ajudem uns e nao outros.
Depois a faculdade, bem, já devem ter entendido: o ensino continua gratuito, mas os livros e a alimentaçao já nao sao. Para o meu mestrado por exemplo, eu nao tive de pagar nada... e como Finlandesa, se quisesse fazer um doutoramento aqui também nao teria de pagar. Os alunos recebem o subsidio por estarem a estudar - posso dizer os futuros Ortoprotésicos Finlandeses recebem, porque estao na faculdade a estudar, qualquer coisa como 400€ por mês."

Já num comentário que deixei aqui noutro post comentei aquilo que acho que passa em algumas vezes em Portugal sobre a descriminaçao dos ricos. Acho que socialmente em Portugal ser pobre é uma virtude. Nao sei se terá alguma influência religiosa, mas acho que é verdade, até porque ser rico é... ser rico...


Independentemente do que acabo de dizer ser verdade ou nao. Aquilo que professora de Finlandes disse a mim parece-me uma verdade inegável... há pessoas (va-se lá saber porquê) que têm dinheiro porque trabalham, porque lhes sai do corpo, outras,nao têm dinheiro, porque o gastam mal gasto ou porque simplesmente nao se esforçam para isso. Atençao que ao contrário acontece também.

Mas nao é estranho dar mais a quem dá menos? Parece a história do pai que nao dá o chupa ao menino até que ele começa a chorar, e depois aí já dá!

Fomentamos maus hábitos!

Eu ponho-me a pensar... bem... desde o fim do meu primeiro ano de faculdade que deixei de ter muitos problemas económicos em casa. O meu pai foi trabalhar para o Dubai e como em tudo naquele país os ordenados também sao maiores... mas... quer dizer... ele foi para lá longe da família e eu via-o de 3 em 3 ou mais de 4 em 4 meses. Dinheiro até tinha... mas... o sacrifício para me ter a estudar a mim e ao meu irmao foi grande também. Imagino que num Estado que concede os mesmos direitos a todos isto nao teria sido necessário.

Nao temos certamente neste momento uma economia que nos permita tal igualdade.
O problema é que nao temos também cultura social que o permita...
Está claro que há que ajudar quem precisa de ajuda primeiro, eu concordo! Mas é como diz o provérbio Chinês: "nao dês o peixe, ensina a pescar." (provérbios 11?), e vamos dando peixes indiscriminadamente, sem uma verdadeira avaliaçao de quem precisa e quem nao precisa de ajuda, penso eu. Mais, criticamos quem tenta ensinar, porque nao serve para nada.

1 de junho de 2011

Marinho Pinto

Verdade seja dita que nao sei muito sobre o senhor... mas estes videos chegam para fazer crescer em mim uma grande admiraçao por ele... alguém na televisao que me enche as medidas... que lufada!